Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Página inicial > Síntese Histórica
Início do conteúdo da página

Síntese Histórica

Publicado: Quarta, 30 de Março de 2022, 18h43 | Última atualização em Terça, 13 de Dezembro de 2022, 11h55 | Acessos: 845

         A 7ª Divisão de Exército tem as suas origens na 7ª Divisão de Infantaria, criada pelo Decreto - Lei Nº 4.701 de 17 de setembro de 1942, alterado pelo Decreto-Lei Nº 6.184, de 6 de janeiro de 1944, aproveitando-se dos elementos de tropa e de serviços já existentes da 7ª Região Militar. Fruto das necessidades administrativas e operacionais da Força Terrestre, em 1958, a 7ª Região Militar foi transformada em 7ª Região Militar e 7ª Divisão de Infantaria (7ª RM/7ª DI), momento a partir do qual teve ampliado o trabalho de Estado-Maior, que passou também a atuar sobre novas demandas operacionais, sobretudo as que diziam respeito ao emprego da tropa daquele Grande Comando Operacional (G Cmdo Op).

         Em 17 de agosto de 1973, pelo Decreto do Presidente da República nº 72.637, de 17 Ago 73, a 7ª RM/7ª DI teve alterada a sua estrutura organizacional e denominação para 7ª Região Militar e 7ª Divisão de Exército (7ª RM/7ª DE). Em 2014 foi desativada a 7ª DE, permanecendo ainda a 7ª RM como G Cmdo, sem os encargos operacionais anteriormente atribuídos àquele G Cmdo Op.

        Na atualidade, a 7ª DE foi reativada pelo Decreto Presidencial Nº 10.825, de 29 de setembro de 2021, com sede no município de Recife-PE, ocupando as instalações do Comando Militar do Nordeste.

 

 

"OS PATRIOTAS"

        A obra “Os Patriotas” foi criada e doada ao acervo da 7ª Divisão de Exército pelo Cel Estigarríbia. Pintada a óleo em tela de linho, mede 1,50 m por 1,19 m, demandou dois meses de trabalho. O seu descerramento em 20 de setembro de 2022 fez parte das comemorações do aniversário de um ano de reativação da 7ª Divisão de Exército.

        A pintura retrata os 18 líderes insurretos luso-brasileiros que em 23 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, em Pernambuco, assinaram o compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania. Foi a primeira vez que palavra “Pátria” foi usada em um documento público em terra brasileira. A assinatura do pacto deu origem ao nome histórico da 7ª Divisão de Exército - “Divisão Compromisso Imortal”.

       O autor, Coronel de Cavalaria Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia, nascido em Porto Alegre, é Aspirante da turma da 1956, da Academia Militar das Agulhas Negras. Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1997, notabilizou-se por suas obras que, espalhadas por inúmeras Organizações Militares no Brasil inteiro, registram episódios de nossa história militar, contribuindo para a preservação da memória e das tradições da Força Terrestre.

 

 

"HISTORIA DAS LUTAS COM OS HOLLANDEZES NO BRAZIL DESDE 1624 A 1654"

  

         A rara obra "Historia das lutas com os hollandezes no Brazil desde 1624 a 1654" foi impressa em 1871, na imprensa de Carlos Finsterback em Viena na Áustria, escrita pelo Visconde de Porto Seguro e doada, em outubro 2022, ao acervo da 7ª Divisão de Exército pelo General Martinelli, que o adquiriu. Sua doação foi um presente em comemoração aos 80 anos de criação da 7ª DI (elemento formador da 7ª Divisão de Exército). Encadernação em cartão e couro, lombada gravada em dourado, miolo costurado e colado e folhas de papel celulose brancas de 60 g/m² com impressão tipográfica de prensa móvel em nanquim, 365 páginas, 22 x 13,2 cm, 20 x 13 cm.

        O livro descreve em particular a trajetória do subjugo do Brasil aos holandeses e a detalhada epopeia da restauração patrocinada pelo "compromisso imortal" e pela união de raças (dos luso-brasileiros) que teve como prole o sentimento patriótico e o Exército Brasileiro.

        Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, nasceu em São João de Ipanema, em 17 de fevereiro de 1816. Filho de Frederico Luís Guilherme Varnhagen e de Maria Flávia de Sá Magalhães, estudou no Real Colégio da Luz em Lisboa, de 1825 a 1832 e, a seguir, ingressou na Academia de Marinha, cujo curso frequentou em 1832 e 1833. Faleceu em Viena, Áustria, a 26 de junho de 1878. É o patrono da cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras, o "Pai da História do Brasil é considerado um dos primeiros historiadores brasileiros, e sua obra "História Geral do Brasil foi a base para a historiografia brasileira e a fonte principal para publicações posteriores sendo o patrono da cadeira nº 1 da Academia Paulista de História.

 

 

BUSTO  "FERNANDES VIEIRA"

 


         A obra foi esculpida pelo Coronel R1 José Fernando de Maya Pedrosa e doada a 7ª Divisão de Exército, em outubro de 2022. O busto mede 20x15x40cm e foi produzido em argila crua revestida de massa e tinta acrílica. A inspiração para a obra foi o militar e senhor de engenho português, João Fernandes Vieira, um dos principais líderes nas lutas pela expulsão dos holandeses de Pernambuco.

         João Fernandes Vieira foi um dos heróis da Insurreição Pernambucana, nascido na cidade de Funchal, capital da Ilha da Madeira, Portugal, ponto de passagem dos navegadores europeus que atravessavam o Atlântico. Buscando informações sobre as terras descobertas, embarca para Pernambuco. Em 1630, com a invasão dos holandeses, participa das lutas em defesa da Capitania.

        O autor, José Fernando de Maya Pedrosa, escultor e escritor, é também coronel da reserva do Exército Brasileiro. Quando militar, desempenhou com ímpeto suas funções de infante, no Brasil e no exterior, aproveitando as horas de folga, esculpia, pintava suas marinas e escrevia sobre a história brasileira. Foi nessa época que lançou, em 1963, o seu primeiro livro.

 

 

DISTINTIVO DE ORGANIZAÇÃO MILITAR HISTÓRICO

DESCRIÇÃO DO DISTINTIVO

        Escudo do motivo central de estandarte histórico, sobreposto a um escudo peninsular português, com filetes e contornos dourados, chefe com duas faixas, uma interna, de azul-celeste, e a outra externa, de vermelho – cores heráldicas do Exército Brasileiro – sobre as quais estará inscrita, em ouro, centralizadamente, entre as duas faixas, a designação militar “7ª DE”.

 

DESCRIÇÃO HERÁLDICA DO MOTIVO CENTRAL

        Escudo peninsular português tri-flanqueado em argento. A dextra em sanguinho, a sinistra em sable e a flanco central nu; carregado no cantão dextro da ponta com um leão em ouro, no cantão central da ponta com um magote de armas sobrepostas: espada em cinza, arco em sable e chuço em sanguinho e no cantão sinistro da ponta com uma constelação de sete astros em ouro. Em carga móvel central um sobrescudo “in auro argento” de uma fortificação pentabaluarte regular.

 

JUSTIFICAÇÃO HERÁLDICA

         - Formato peninsular português remonta a origem herdada de Portugal.

        - Os flancos tríplices representam respectivamente cada uma das três etnias – o negro, o branco e o índio e em conjunto a união das etnias que é a gênese do povo brasileiro e embrião da Força Terrestre dos dias atuais. O conjunto das cores tem a semiótica subliminar que evoca o trecho da canção do Exército que mais representa o “Compromisso Imortal” da Pátria: “A paz (branco da paz) queremos com fervor, a guerra só nos causa dor (preto do luto), porém se a Pátria amada for um dia ultrajada lutaremos sem temor (vermelho de sangue)”.

      - Nos cantões das pontas: no dextro um leão em ouro, símbolo do estrangeiro invasor subjulgado, representado pela figura que remete a estampa do Brasão da República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (1581-1795), referência que de forma contemporânea remete-se ao “Leão do Norte” como signo de láurea do conflito; no central o magote de armas sobrepostas que foi utilizado pelo “Exército Patriota”, assim dividido: a espada em cinza utilizada pelos brancos, o arco em sable utilizado pelos indígenas e o chuço (vara tendo na extremidade um aguilhão de ferro) em sanguinho utilizado pelos negros; e o sinistro com uma constelação de sete astros em ouro representativas do dispositivo luso-brasileiro, durante a Primeira Batalha de Guararapes em 19 de abril de 1648, na “Atração dos Holandeses ao Boqueirão”, onde as estrelas representam os terços do Exército Patriota liderados por João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Felipe Camarão e Antônio Dias Cardoso.

      - Como carga móvel central um sobrescudo “in auro argento” o signo de troféu mor, a figura da fortificação pentabaluarte regular denominada pelos holandeses como “Vesting Frederik Hendrik”, que foi construído em 1630 por ordem do Coronel Diederick van Waerdenburch (com o projeto replicado da impenetrável fortaleza neerlandesa “Vesting Bourtange”) e tinha a missão de dominar o porto na foz do rio dos Afogados e as cacimbas de Ambrósio Machado. Em 1654, durante o assalto final das tropas luso-brasileiras à cidade do Recife, os neerlandeses evacuaram e incendiaram todas as fortificações de Olinda e Recife, concentrando a sua defesa nesta fortificação que sob intenso cerco teve um de seus baluartes castigado pelas tropas de André Vidal de Negreiros. Os invasores não tiveram outra opção, que não a rendição, no episódio conhecido como capitulação do “Tratado de Taborda” ocorrida no dia 26 de janeiro, resultando na entrada solene ao forte do Comandante do Exército Libertador, Francisco Barreto de Menezes e fim do domínio neerlandês.

 

 

ESTANDARTE HISTÓRICO DA 7ª DIVISÃO DE EXÉRCITO

  

        O Estandarte Histórico da 7ª Divisão de Exército tem a seguinte descrição heráldica: forma retangular, tipo bandeira universal, franjado de ouro. Campo fendido de azul-celeste à destra e vermelho à sinistra, cores heráldicas do Exército Brasileiro. No coração, o distintivo histórico da “DIVISÃO COMPROMISSO IMORTAL”. No chefe do estandarte, o dístico: "DIVISÃO", em ouro. Na ponta do estandarte, o dístico: “COMPROMISSO IMORTAL”, também em ouro. Laço militar nas cores nacionais com o Indicativo Militar da OM, em ouro.

        O distintivo histórico terá a seguinte descrição heráldica: escudo, filetado em ouro, em formato peninsular português tri-flanqueado em argento. A dextra em sanguinho, a sinistra em sable e a flanco central nu. Carregado no cantão dextro da ponta com um leão em ouro, no cantão central da ponta com um magote de armas sobrepostas: espada em cinza, arco em sable e chuço em sanguinho e no cantão sinistro da ponta com uma constelação de sete astros em ouro. Em carga móvel central um sobrescudo “in auro argento” de uma fortificação pentabaluarte regular.

       A heráldica do escudo da Divisão Compromisso Imortal está descrita acima no Distintivo de Organização Militar Histórico na descrição heráldica do motivo central.

 

 

Fim do conteúdo da página